Friday, July 31, 2009

Natal na barca - Lygia Fagundes Telles


Olá Andrea!

Não conheço...Acho que podemos começar por ele!
Encontrei-o disponível na net. O link é:

http://www.releituras.com/lftelles_natal.asp

Se não conseguirem clicar nele, copiem e colem no navegador.

Beijos

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain - Jean-Pierre Jeunet


O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
Dirigido por: Jean-Pierre Jeunet

Adoro a forma como o filme mostra detalhes da vida!!
O gostoso dele é a devida relevância que dá a coisas comumente tratadas como irrelevantes. Como, por exemplo, colocar amoras nas pontas dos dedos só para depois enfia-las uma a uma na boca! AH ah Ou sentir prazer em enfiar as mãos num saco cheio de grãos!

A protagonista indica a felicidade das pequenas coisas, sem ser clichê. Mostra que não precisamos de muito para sermos felizes, sem ignorar as fatalidades, inevitáveis, da vida.

Amelie não se deixa levar por paradigmas, sem precisar ser rebelde. Ela encontra seus próprios meios de ser feliz, não se prende ao habitual, mas, valoriza atitudes rotineiras...promove a individualidade passando longe do individualismo!

O filme é engraçado, sensível e continuaria sendo romântico mesmo que não houvesse um “mocinho” na história.

Cléria Mariano

Thursday, July 30, 2009

Para começar


Sabe quando você lê algo interessante ou assiste a um bom filme e se apega aos personagens ou simplesmente se intriga com a história e quer compartilhar isso com alguém?
Filme, música ou escrita (livros, contos, poesias).
Poderíamos começar com um conto para aquecer...ou um filme!

Tuesday, July 28, 2009

Citando Leonardo Boff


Todo ponto de vista é a vista de um ponto (L. Boff)

Ler significa reler e comprender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam.

Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão do mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.

A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.

Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor. Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo que habita.

Leonardo Boff, A águia e a galinha: uma metáfora da condição humana, Petrópolis: Vozes, 1997.

Bem-vindo a bordo!


Histórias contadas ou lidas têm o poder de atingir nosso âmago, fazendo com que ultrapassemos os limites do tempo e do espaço. Nada nos impede em nossa imaginação, não podemos ser detidos e, tampouco, há que se pagar pela viagem instantânea proporcionada pela leitura. Histórias serão lembradas a partir de símbolos impressos em folhas inanimadas; antes brancas e lisas, que transformam-se aos olhos do leitor.
Desta forma, livros guardam símbolos, alegorias, fantasias a serem decifradas. Seus pontos e pingos, cuidadosamente colocados, querem levar uma mensagem a todos. Mas, “todos” são muitos e variados, cada qual o entenderá, modificando-o, segundo sua própria vivência, ou segundo seus desejos.

Quando, da leitura, sentimos a alegria ou a dor do existir, ocorre a transferência do passado ao presente, do eu para o outro e do outro para o eu.

Lembranças guardadas pelo leitor teimam em modificar sentidos de símbolos postos - mas não impostos-, que alguém escreveu a partir da própria experiência. Imagens mentais se misturam, bordando na viagem da história lida o inevitável retorno à história de si mesmo.
Assim, cada qual poderá ler o que lhe é particular em escritos alheios e fazer-lhes citações deliciosamente desarrazoadas, dando-lhes novas e variadas formas. Certamente, vindos de conteúdos até então guardados em espaços inconscientes.

Estímulos externos podem nos dar passagem para longe, no tempo e no espaço, mas nunca nos levarão do lugar que nos é essencialmente particular: o eu e a inesgotável inconsciência existencial.
Impregnados de nós mesmos, impregnamos o mundo com nossa existência e podemos nos descobrir ao descobrir o que, quase sempre, parece ser tão externo.

E, tão bom quanto viajar é poder relembrar e compartilhar as experiências.

Cléria Mariano